terça-feira, 10 de agosto de 2010

Diferentes?

Você se interessou por alguém que, em princípio, não tem nada a ver com você.Alimenta crenças diferentes das suas. Tem gostos pouco parecidos com os seus.E um jeito de viver a vida completamente adverso a tudo o que você praticou até então.Não estou falando de valores de base,tais como honestidade, caráter, ética e bom-senso.Estou falando de dinâmica, de modos de interpretar as circunstâncias e o futuro.Pois bem! Ainda assim, as diferenças continuam, aparentemente,imensas.Como se entre vocês houvesse um abismo que impossibilitaria qualquer aproximação.Entretanto, quando se dão conta, estão nos braços um do outro e é bom. Muito bom!Das duas, uma: ou vocês realmente são muito diferentes e este encontro traz uma grande e importante lição,a fim de que você aprenda que além das suas verdades, existem outras e que podem ser muito válidas. E aí vale citar a providencial frase de Saint Exupéry:“Aquele que é diferente de mim não me empobrece: me enriquece”. Ou... vocês não são tão diferentes quanto parece. Muitas vezes,consideramos como diferenças o que, na verdade, são características complementares.Sendo assim, este encontro traz uma grande luz,a fim de que você perceba um interessante fato sobre si mesmo: nem tudo aquilo em que você acha que acredita, você realmente acredita!Confuso? Nem tanto! O que estou dizendo é que muitas vezes a gente vai engolindo crenças que não são nossas. Alguém nos disse que as relações tinham de ser de determinada maneira e a gente simplesmente acreditou, engoliu como sendo ‘certo’.Acontece que, ao longo da vida, inevitavelmente vamos construindo nossas próprias crenças sobre tudo, especialmente sobre o amor, e se não estivermos atentos ao que já havíamos engolido, algumas verdades internas se tornam contraditórias; e o problema é que elas atuam sobre nossos pensamentos,sentimentos e nossas escolhas.Resultado: você acredita que deseja se relacionar com um determinado tipo de pessoa e investe todo o seu discurso nesta crença. Porém, todavia,no entanto... quando menos espera lá está, sentindo-se atraído justamente por um tipo muito diferente.Se isso acontece com você, já pode parar de se sentir tão inadequado. Mais do que se rebelar contra si mesmo,considerando-se tolo ou maluco, aproveite a oportunidade.Reflita: que sentimentos esta relação te desperta?Como você lida com eles?Quanto aceita e acolhe essas contradições que te perturbam?Fique um pouquinho com estas questões e procure manter-se alerta,tanto quanto conseguir. Observe o outro. O que ele tema te ensinar?Observe a si mesmo. O que você tem a aprender?Quanto pode crescer com essas diferenças?Quanto pode se tornar melhor ao se permitir experimentar o novo?Lembre-se: nada é definitivo. Nada é para sempre.Hoje, talvez,você possa descobrir uma nova verdade escondida em algum lugar dentro de você mesmo... e terminar se dando conta de que bem mais enriquecedor do que impor o que lhe parece certo é deixar a vida te mostrar que todos nós – invariavelmente–somos diferentes!E nesta medida, você pode se tornar bem maior depois de um encontro em que o grande objetivo seja dar o seu melhor no intuito de ser e fazer feliz, independentemente de julgamentosque,em última instância, não acrescentam nada!

Nenhum comentário:

Postar um comentário